quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

VIVENDO SOB COERCÃO

Você sabe o que significa coercitividade num sentido social?

É quando as pessoas se veem obrigadas a seguir o comportamento social estabelecido. Isto é, quer a pessoa goste, quer não, vê-se obrigada a seguir o costume geral, a norma estabelecida, para evitar as sanções (penas) estabelecidas também como normas para a sociedade.

Será que é assim mesmo? Será que realmente isso existe em nossa sociedade ou em nossas casas? Sim, eu lhe digo que isso existe. Talvez algumas pessoas digam que de maneira alguma são induzidas a nada, pois são donas de suas próprias decisões, e não seguem tendências sob influência da coercitividade. Com certeza existem casos de pessoas assim, mas em nossa sociedade capitalista essa não é de maneira alguma a regra, e sim uma enorme exceção.

Vamos entender melhor isso observando, por exemplo, a maneira como as pessoas se vestiam nos anos oitenta: calças para homens e mulheres de cintura alta, camisas com enormes ombreiras, cabeleiras volumosas – algumas pessoas tinham o cabelo tão volumoso que parecia que tinham colocado um casaco de pele na cabeça. Geralmente, os tênis eram de cor branca, estilo basqueteira, e com uma lingueta enorme, isso sem falar das roupas de ginástica feminina com sua inseparável polaina que protegia o calcanhar e parte das pernas.


Agora, me diz, as pessoas eram obrigadas a andarem daquele jeito? Existia uma regra ou lei que dizia que o cabelo deveria ser desse ou daquele estilo? Existia alguma regra que dizia que o correto eram as roupas coloridas? Ou que, pelo menos um integrante de uma banda de rock, deveria sair na foto com as pernas abertas? Ou que os shorts masculinos deveriam ser em tamanho reduzido? Claro que não, mas as pessoas usavam, pois seguiam a tendência, a moda. O que passava na cabeça das pessoas daquela época não é diferente do que passa nas nossas cabeças hoje, no que diz respeito a querer ser aceito, estar na moda ou fazer parte de um grupo.

Vemos hoje que o celular tem que ser smartphone, a marca de camisa do momento é Hollister ou Abercrombie, a melhor conversa hoje é pelo WathsApp e onde encontro meus amigos é no Facebook.

A pergunta é a mesma: alguém nos impõe isso? Existe alguma lei que nos obrigue a isso? Claro que não, nós estamos seguindo a moda, a tendência, ou seja, estamos sendo vitimas da ação coercitiva.

Não ache que estou criticando o uso desses recursos ou estou dizendo que a moda dos anos 80 era feia. De maneira alguma! Esses foram apenas exemplos que utilizei para mostrar que, muitas vezes, estamos deixando a sociedade tomar as rédeas de nossas vidas. Estamos permitindo que as tendências sócias ditem nosso modo de pensar e agir e, sem percebermos, essas coisas vão moldando nossas atitudes e nos levando a crer que são coisas indispensáveis às nossas vidas.

A pressão que a sociedade exerce sobre nossas vidas é cruel. Estamos sempre na correria pela melhor escola, melhor universidade e, para alcançar, passamos incontáveis horas dedicados aos livros. Queremos o melhor emprego e, quando conseguimos, percebemos que estar só empregado não basta, temos que alcançar as promoções da empresa, e então é preciso falar inglês. Entramos no curso de inglês. E, depois, percebemos que todo mundo fala inglês, é preciso falar também espanhol, ingressamos no curso de espanhol e assim por diante, sempre em função das regras de viver do mundo.

O que é algo lícito?

Lícito quer dizer “estar no âmbito da lei; ser permitido; que se pode admitir ou justificar”.

O Ap. Paulo disse:

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. I co 6:12.
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me edificam”. I co 10:23.

Os “pastores” hoje, por exemplo, são muito mais homens de negócio do que apascentadores das ovelhas de Cristo e poderosos homens de oração. Deve ser por isso que se fala tanto de prosperidade, liberalidade e bênçãos nas igrejas, e pouco ouvimos falar sobre pecado, volta de cristo, reconciliação ou ir atrás dos perdidos.

Falo principalmente, ao jovem cristão: nem tudo que por lei é permitido, nós deveríamos fazer ou adotar para nossas vidas.

Não existe nenhum tipo de roupa (pelo menos não que eu saiba) que seja, por lei, proibida. Mas algumas delas são escândalo, seja par o homem ou para a mulher.

Estar conectado às redes sociais não é pecado, de jeito nenhum. Mas quanto a passar 6 horas (algo absolutamente comum em nossos dias) postando e comentando no Facebook, por exemplo, e dedicar apenas 10 minutos do seu dia à oração, o que você acha disso?

Nada do que citei acima está em não conformidade com as praticas comuns ou licitude. A questão é a ênfase que nós, cristãos evangélicos, estamos dando aos ditames do mundo, às tendências da sociedade.

A sociedade nos apresenta alternativas como se fossem regras gerais, de forma que estamos tão desconectados com as coisas do céu que cedemos aos mínimos convites de dependência e apego a coisas que um dia passarão semelhantemente a tudo em nossa sociedade. “O que é hoje, amanhã não mais será.”.

Meu desejo é que o Espírito Santo seja o seu único influenciador, pois, “Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nossoDeus subsiste eternamente.”. 


Um abraço fraterno!



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